sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Boletim Semanal nº 113


Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 113 - 160826 - Lucas 14,7-14

Ó Senhor, eu sou teu, e as tuas palavras encheram o meu coração de alegria e de felicidade. Jeremias 15,16

26/08/2016
Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
»Vocês Luteranos têm um problema!«, falou o amigo com convicção. »Vocês têm conteúdo, são sérios e acolhem bem as pessoas, mas não dizem isto para ninguém! Parece segredo«
Quem conhece a nossa igreja e participa ativamente dela conhece talvez este olhar de pessoas de fora que nos querem bem. Não são poucas as reuniões sobre tema Missão onde entre nós se instala um clima meio resignado. Isto porque parece ter outras igrejas muita melhor do que nós em alcançar as pessoas e trazê-las para igreja.
Outro dia acompanhei visitantes da Alemanha e levei os ao Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus. Não entramos por falta de tempo, mas somente vendo e sentindo do lado de fora o gigantismo empregado na obra foi o suficiente para se sentir pequeno e insiginifcante. Quem sabe, isto é a intenção desta obra gigantesca.
É neste clima qe nós alcança o texto para a prédica deste domingo de Lucas 14,7-14 onde Jesus comenta o comportamento de convidados para um jantar. Este sempre concorrem pelo melhores lugares, mas Jesus recomenda agir humildade buscando os últimos lugares.
E ele atribui uma promessa de Deus para todos os humildes: A sua compensação ainda há de vir!
A nós luteranos faz bem ouvirmos esta promessa com atenção. Talvez não é tão mal assim não sermos tão perfeitos ao vender o nosso peixe. Pode ser que há a humildade de saber que não somos sozinhos donos da verdade que nós move. Se for assim podemos ficar serenos e deixar de lado aquele complexo de inferioridade que por vezes nos deixa acanhados.
Este sim, deve ser superado, para o bem de todos e do Reino de Deus!
Saudações até Domingo!
P. Guilherme Nordmann



Palavra da Semana - Para nossa reflexão

Um coração que ama a humildade (Martim Lutero)
 
“O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes”. (Salmo 138,6)
Pois bem, aqui fica claro que é próprio de Deus olhar para baixo. Ele não pode olhar para cima, pois nada está acima dele; tampouco pode olhar para o lado, pois não há quem lhe seja igual. Por isso, ele só olha para baixo. Em vista disso, quanto mais em baixo você estiver e quanto mais simples você for, tanto melhor os olhos de Deus poderão enxergá-lo.
Resumindo: esse versículo ensina-nos a conhecer a Deus de fato, na medida em que deixa claro que Deus atenta para os humildes, os desprezados. E só conhece a Deus de fato aquele que sabe que Deus olha para os humildes. E desse conhecimento resulta o amor a Deus e a fé nele, o que faz com que a pessoa de boa vontade entregue-se a ele e o siga
As pessoas verdadeiramente humildes não atentam para os efeitos de sua humildade, mas, com singeleza de coração, olham para as coisas humildes, gostam de se ocupar com elas, e, pessoalmente, jamais se dão conta de que são humildes. Agora, os falsos humildes admiram-se que sua honra e exaltação custam tanto a chegar, e seu secreto e falso orgulho não permite que se contentem com sua vida simples e só pensam em subir cada vez mais.
Por isso, a verdadeira humildade jamais fica sabendo que é humilde, pois, caso soubesse, ficaria orgulhosa ao se dar conta de tão nobre virtude. Ao contrário, de coração, de vontade e com todos os sentidos, apega-se às coisas humildes. Essas são objetivo constante de sua atenção bem como as imagens que tem diante de si. E, enquanto tem olhos voltados para isso, não pode ver a si mesma nem se dar conta de que existe.
Martim Lutero

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Boletim Semanal nº 112

Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 112 - 160819 - Lucas 13,10-17

Jesus acabou com o poder da morte e, por meio do evangelho, revelou a vida que dura para sempre. 2ª Timóteo 1,10

19/08/2016
Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
Regras são importante na vida. Sabemos que já as crianças precisam de regras, precisam saber o que é certo e errado, conveniente e inconveniente na arte de viver. Numa sociedade podemos medir seu grau de civilização pelo grau de observância às leis que ela mesma se deu.
Ter lei e respeitá-la é o primeiro passo para um mundo onde fora da lei do mais forte valem outras leis. Sem lei é a força bruta que sempre terá a última palavra. Lei protege o fraco.
Por isso o Antigo Testamento tem sempre uma conceito muito positivo das leis. O direito era exercido nos portões das cidades pelo anciãos garantiram ao mais fraco o seu direito. A lei, recebida por Moisés no Monte Sinai é vida. Faz parte desta visão de condenar leis que não protegem o fraco, mas que ajudam pequenos grupos a manterem seus privilégios.
É nesta tradição que Jesus age na história do texto da prédica deste domingo de Lucas 13,10-17 onde ele cura uma mulher encurvada mesmo sendo sábado e por isso proibido pela lei. Ele desmascara deste forma que a lei era abusada para manter o privilégio do pequeno grupo de fariseus que conseguiam esconder melhor suas imperfeições que outros.
É uma boa pista para refletirmos: Será que temo isto também entre nos? Regras, códigos, símbolos que fazem com que alguns ficam por dentro e outros por fora? As vezes é sutil, basta pouca coisa. Alguém uma vez me confidenciou que deixou de frequentar a igreja num período de crise porque não tinha mais sapato para ir.
Que Jesus ilumine as nossas vidas em família, comunidade e sociedade para que sempre o Espírito Santo tenha a última palavra e supera a barreiras que criamos!
Saudações até Domingo!
P. Guilherme Nordmann



Palavra da Semana - Para nossa reflexão


A Igreja dos Alemães?
 
Este texto foi publicado como Palavra do Presbitério no Boletim Informativo 08/2016 da Paróquia Vila Campo Grande
Caros Membros e Amigos da nossa comunidade!
Meus irmãos, há dois anos e alguns meses, pela vontade de Deus e pelos caminhos que Ele prepara fui trazido à nossa amada Capela de Cristo. Sobre o caminho já tive oportunidade de falar em pelo menos duas vezes em nossos cultos. Quero então dar um breve testemunho do amor que tenho recebido desde então. E apresento o contexto em que isso ocorre: um mundo de separação, de intolerância, dividido entre eles e nós.
Tenho a felicidade de pertencer a uma comunidade em que o “nós” prevalece. Somos” nós” nos cultos, “nós” em nossas reuniões, “nós” no Sal da Terra, nós” na horta e bazar e graças a Deus “nós” em nossas festas. Então a resposta ao titulo da mensagem é um categórico NÃO!
Porque seguindo a orientação do apóstolo Paulo à comunidade da Galácia nossa igreja vive como filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus, batizados e revestidos de Cristo e entre nós não há mais judeu nem grego; nem servo nem livre; nem homem nem mulher, porque todos “nós” somos um em Cristo.
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil é a igreja dos alemães, poloneses, italianos, portugueses, brasileiros, japoneses...de todos. Levem o convite que me foi feito anos atrás aos seus amigos, colegas e vizinhos. Façam que sejam muitos a desfrutar deste amor.

Abraços! Soli Deo Gloria
Marcos Moraes - Secretário da Diretoria da Paróquia Vila Campo Grande

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Boletim Semanal nº 111

Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 111 - 160812 - Dia dos Pais: Lucas 15,11-32

Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.... Lucas 15.31

12/08/2016
 
Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
Tem datas do calendário civil que são tão fortes que os integramos no calendário litúrgico da igreja. O Dia dos Pais tem se tornado um data destas, e comemoramos ele com prazer o dignidade dentro do culto!
Talvez não seja a toa que o Dia dos Pais tornou-se tão popular nos últimos anos. Pode ser que tem a ver a crescente instabilidade das relações familiares em nosso tempo. Como na maioria dos casos as crianças permanecem com a mãe, criou-se uma escassez da presença da figura do pai na nossa sociedade. E mesmo para os pais que convovem com seus filhos, ser pai é um desafio, porém belo e gratificante!
O contraste a imagem do Pai no universo da nossa fé é bem grande: chamamos Deus de Pai, temos a mais bela e conhecida parábola de Jesus explicando pela relação de um pai com seus dois filhos como Deus é, em Lucas 15,11-32.
Vamos meditar esta bela história de amor e homenagear todos os pais através dela! Faremos isto com a ajuda das crianças do Culto das Crianças, e com a música do Coral da Capela de Cristo da Paróquia Vila Campo Grande que nos vista neste domingo
Queremos continuar comemorando com um Churrasco de Confraternização em seguida com a possibilidade de degustação de Cerveja artesanal produzida por um membro de nossa comunidade!
Feliz Dia dos Pais e até domingo!
P. Guilherme Nordmann
Palavra da Semana - Para nossa reflexão

Pai-herói
 
“Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor.
Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.”
(Colossenses 3.20-21)


Há uma fase na vida, geralmente antes da adolescência, na qual o pai da gente é o nosso maior herói. Chegamos mesmo a atribuir-lhe os predicados que os teólogos clássicos reservaram para Deus: onipotência, onipresença e onisciência.

 
O pai potente e o onipotente
Sabemos que és potente, pai. Nós, os filhos e filhas, somos prova incontestável disso. Mas sabemos, também, que não és onipotente. Aliás, temos um Pai Onipotente. Deus é Todo-poderoso, e mesmo o sendo, não abusa de seus poderes para com seus filhos e filhas. Deixa-nos, muita vez, à nossa própria sorte, para que aprendamos a resolver os problemas por nós mesmos.
 
Querido pai, não te queremos onipotente. Aliás, sabemos que, muita vez, és frágil. Não queremos que resolvas tudo por nós. Também queremos aprender a viver e, para isso, precisamos fazer as coisas por nós mesmos, ainda que saiam, a princípio, imperfeitas ou incompletas. Não queremos amar-te por seres importante, poderoso, rico ou herói. Queremos amar-te por amar-te.
 
O pai presente e o onipresente
Da mesma forma, gostamos quando estás presente, pai. Mas não gostamos quando pretendes ser onipresente. Deus é onipresente, mas age como se não o fosse. Dá-nos liberdade para estarmos por nós mesmos. É nessa “ausência” que surge o espaço para crescer a saudade, o desejo do abraço e da companhia mútua.

 
Pai, amigo, estejas certo de que nós te amamos, mesmo quando ausente. Não precisas estar todo o tempo “pegando no nosso pé” para que saibamos que te importas conosco. Queremos-te sempre presente, mesmo que na saudade.
 
O pai ciente e o onisciente
Pai, amigo, sabemos que és ciente de tuas responsabilidades paternais e tua experiência deu-te muita sabedoria. Sabes muito e, bem intencionado, queres nos dizer o que é melhor para nós, como se fosses onisciente. Mas Deus, nosso Pai do céu, que sabe todas as coisas, não nos pressiona tanto assim. Dá-nos, com o ensinamento, a oportunidade da prática, isto é, a liberdade para que nós O amemos não só em teoria, mas, principalmente, por experiência. Por isso, pai, dá-nos a chance de também nos tornarmos sábios como tu és, pois não queremos apenas herdar conhecimento, mas conquistar a sabedoria, como você o fez.
 
Pai, amigo, quando jovenzinhos, dizíamos a nossos coleguinhas que eras nosso melhor amigo, o homem mais inteligente e mais forte do mundo. Ainda não sabíamos que não era por causa dessas qualidades que te amávamos. Hoje, sabemos que, ainda que não sejas tudo isso, te amamos tanto, e tão profundamente e, provavelmente, bem mais do que então.
 
Ainda que herói não sejas, és nosso pai, e isso basta para te amarmos.
 
FELIZ DIA DOS PAIS!
 
Luiz Carlos Ramos

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Boletim Semanal nº 110

Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 110 - 160805 - Gênesis 15,1-6

A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver. Hebreus 11,1

05/08/2016
Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
O confirmando estava muito seguro de si quando dava sua opinião acerca da fé cristã com voz firme: »Só acredito naquilo que posso ver e provar empiricamente. Todo resto e folclore sentimental, só serve para a vovó!«
»Será que isto é verdade?«, respondi. »Tua vida se baseia mesmo somente naquilo que você pode ver?« »Com certeza«, exclamou o rapaz com a certeza fervorosa dos seus 13 anos.
»Está bem, mas me diga uma coisa: Tua mãe te ama?« »Sim«, respondeu o jovem. »Mas como? Me prove!« Deu para ver como a dúvida posou na testa do rapaz. »Pois é, as coisas mais importantes da nossa vida são invisíveis e resistem a provas empíricas. Mesmo assim, são elas que determinam a nossa caminhada«
Vamos refletir sobre a fé neste domingo a partir da história de Abrão de Gênesis 15,1-6. Abrão já velho carregava dentro de si uma dor profunda por não ter um filho. Ele se queixa com Deus e este promete não só um filho a ele, mas descendente tão números como as estrelas no céu.
Abrão não questiona, não acha ridículo. Muito pelo contrário: Abrão creu em Deus, o SENHOR, e por isso o SENHOR o aceitou. (v.6)
Saudações e até domingo!
P. Guilherme Nordmann
Palavra da Semana - Para nossa reflexão

O Pai da Fé
 
Abraão teve uma vida bem normal. Entretanto, seu maior desejo não tinha se realizado, qual seja, ter filhos. Ele sabia: a sua linhagem não teria continuidade. Ele e sua esposa Sara, ambos com mais de 80 anos, já tinham alcançado a terceira idade. Abraão sabe que seus últimos anos não serão mais marcados por grandes acontecimentos. Ele vive a última fase de sua vida. [Infelizmente há pessoas com 40 anos que têm a mesma sensação de que o principal da vida já passou. Nada mais esperam. O mesmo pode acontecer no âmbito da fé: Tudo não passa de mesmice. “Desde os meus  tempos da doutrina nada mudou na igreja.]
Voltemos ao nosso Abraão. De repente, porém, algo mudou na vida deste idoso. Deus consegue convencê-lo a iniciar a viagem à terra da fé. O Antigo Testamento narra o seguinte: “Ora, disse o Senhor à Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei. De ti farei uma grande nação e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção.”
Será que isto não foi uma exigência descabida para um velhinho de 80 anos? Deixar tudo para trás por causa de uma vaga promessa? Parece ridículo prometer filhos a um casal de anciãos. Não é de admirar que Sara, a mulher de Abraão, caiu na gargalhada. A Bíblia, no entanto, conta a loucura de Abraão:
“Partiu, pois, Abraão, como lhe ordenara o Senhor”!
Abraão realmente partiu em viagem para a terra prometida. E as promessas de Deus se realizaram: Deus o abençoou ricamente. Talvez você também caia na gargalhada como a Sara, se eu lhe disser que Deus quer abençoar você na sua caminhada. Dentro de você também poderá crescer algo bonito e significativo como em Sara. Que Ele colocará a sua mão sobre você e lhe abençoará. Não importa se você não consegue crer nisso agora.
Minha oração é que você experimente o que Deus promete: “Eu te abençoarei e tu serás uma benção para outros”. Esta promessa vale também para a nossa viagem à terra da fé. Estou ansioso para ver de que forma Deus irá cumpri-la em sua vida.
do Curso Básico da Fé