10/03/2016
Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 91 - 160310 - Texto da prédica: Isaías 43.16-21
Jesus Cristo diz: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. Marcos 10.45
Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!
Neste 5ª domingo da Paixão refletimos um bellíssimo texto de Isaías 43.16-21 que impulsiona em direção para o futuro. Não é suficiente viver na memória dos bons tempos, mas como cristãos temos razão de pensar e viver o futuro com fé e confiança porque Deus está consoco!
Este Domingo é também Domingo Fraterno onde convidamos todas as famílias para o culto e para ficar depois e saborear o delicioso churrasco que estará sendo preparado!
Também é um dia especial para todas as crianças porque teremos uma Oficina de Páscoa do Culto das Crianças com atividades muito legais!
Saudações e até domingo!
P. Guilherme Nordmann
Palavra da Semana - Para nossa reflexão
Por que será que o filho acabou saindo de casa?
Será que os motivos da saída do filho, não estariam no próprio pai? Talvez tratava-se de um pai autoritário, um tirano, que manteve as rédeas curtas, restringindo ao filho toda e qualquer liberdade. Mas, se você reparar melhor no pai desta história, então logo constatará: Esse pai é diferente! Nele nada há de possessivo. Ele não está aprisionando seu filho, muito pelo contrário: lhe dá todas as liberdades, inclusive a de sair de casa. Quando o filho lhe diz: „Quero ir embora!“ o pai responde: „Se é isto que você quer, então vá!“ Esse pai não passa um longo sermão no filho. Não se revolta dizendo: „Como é que você pode fazer uma coisa dessas?!“. Nem lhe aplica pressão psicológica: „Ainda vou morrer por sua causa“ – “E agora, o que vai ser de mim“? - nada disso! Esse pai libera o filho. Concede-lhe liberdade.
Estou seguro de que a causa da saída estava no próprio filho. Penso que em algum momento de sua vida uma ideia foi tomando conta do seu íntimo. “Será que poderei desfrutar toda a plenitude de minha vida junto ao pai? Penso que longe de meu pai tenho mais liberdade para me realizar. Meu pai me quer tão perto dele para controlar a minha vida e para me privar das coisas mais belas desta vida.”
O que acontece é bem semelhante ao que se deu com Adão e Eva: A desconfiança surgiu de repente. Você também sente essa tentação: quanto mais perto de Deus (ou, quanto mais perto da Igreja?), mais fiscalizado me sinto!? Ao invés de fomentar meus sonhos, Deus me poda! Tenho a impressão de que perto de Deus me falta ar! Perto de Deus a vida não desabrocha, perdemos a nossa liberdade! A partir do momento em que a doença da desconfiança contaminou o filho, ele passou a ser um “filho perdido”.
Todas as demais estações de sua caminhada nada mais são do que mera consequência dessa desconfiança.
Todas as demais estações de sua caminhada nada mais são do que mera consequência dessa desconfiança.
Aliás: ainda há um segundo filho nessa história. À primeira vista os dois irmãos parecem ser muito diferentes. O mais velho permanece, bonzinho, em casa. Trabalha junto ao pai e leva uma vida tranquila. Mas, as aparências enganam. Pois o relacionamento íntimo deste filho para com seu pai também não está bom. Seu modo de falar o denuncia.
Preste atenção: „Sabe, pai, todos esses anos eu me judiei como um escravo aqui em casa...!“ Você acha que esse modo de falar expressa um clima de confiança entre pai e filho? „Nunca te desobedeci. E o que ganhei em troca? Nunca fiquei sequer com um bode para que eu pudesse fazer uma festa com meus amigos!“ Vejo o rosto do pai empalidecendo! Deve Ter doido muito constatar que o próprio filho não conhece o seu coração bondoso. Ouço o pai desabafar: “Há tanto tempo convives comigo e nada entendeste até agora! O que é meu, é teu! A vida é tua. Por que não a aproveitas? Por que não desfrutas o melhor de tua vida na minha presença“? É essa a tragédia: Uma pessoa vivendo tão próxima a seu pai - e, mesmo assim, não o conhece direito.
Há muitos que se dizem cristãos e veem em Deus um pai severo, duro, pronto a cortar todas as liberdades e alegrias de seus filhos. Mesmo assim permanecem cristãos, permanecem na igreja, não saem de perto de Deus. E no entanto vivem sua fé como mero cumprimento do dever.
do Curso Básico da Fé
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