quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Boletim Semanal nº 36

A escuridão está passando, e já está brilhando a verdadeira luz. 1ª João 2.8

 

Caros Membros e Amigos da Paróquia Santos!
Já cansou de Natal? De enfeites, musiquinhas, Papai Noel, doces e comidinhas? Do mesmo jeito que o Natal atende a desejos humanos profundos, também nos deixa enjoados rapidamente. Geralmente ficamos aliviados após a retirada dos enfeites. Porque isto é assim?
Porque parece que pulamos a parte mais pragmática, concreta da vida, nestes dias de Natal. Fazemos em paz, mas continua a guerra. Giramos em torno de uma criança, mas ficamos com a sensação que isto não abrange a totalidade da vida. Já teve teólogos que pensaram que em Jesus se decidiu a questão do amor e da culpa, mas não a do poder. Jesus teria razão mas não o poder para concretizar, fazer valer esta razão. No mundo mandariam outro poderes.
Mesmo sendo tentador esta explicação, considero um erro fatal pensar desta forma.
Hoje é o dia da Epifania do Senhor que tem sua origem na história dos magos do oriente em Mateus 2.1-12. Chama muita atenção a visita misteriosa destas pessoas do oriente. Eles procuram explicitamente um rei. E quando o acham demonstram todos as atitudes de reverência que se presta a um rei. A adoração de joelhos e os presentes preciosos diante do bebê são ao mesmo tempo ridículos e são decididos e sérios. Eles não deixam dúvida: Este Jesus é o rei.
A verdade profunda da adoração por fim é atestada pelo comportamento de Herodes. Ele se comporta como todos poderosos em todos os tempos. Pouca coisa o incomoda, mas quando vê seu poder questionado, vai com tudo. É isto que faz para se livrar deste novo rei: ele manda matar todas as crianças até dois anos de idade em Belém. É uma prova que Jesus é mais que alguém bonitinho para uns dias de festa. Ele é o rei do universo.
Mas que rei é este? com nosso critérios normais não dá para entender. O que nos enxergamos como poder, talvez não o tenha.
Se Jesus é a radicalização do poder do amor, então esta história dos magos nos quer ensinar de levar isto a sério como o poder último. O que muda mesmo as coisas? O Amor! Vamos lembrar onde já fomos amados e como mexeu conosco!
O que nos confunde é o conceito equivocado do que seria o amor. Amor não é fazer as vontades de todo mundo. Jesus muitas vezes não hesitou nem expressar a sua vontade contrária aos outros e de realizá-la. Ele se retirava para ao deserto para orar, ele contrariava os discípulos a vontade. Criticava muito os fariseus. Ele falava com Zaqueu, o corrupto contra a vontade dos outros, e que ele conseguiu a conversão dele, com certeza não foi falando amenidades...
Enfim temos isto na vida familiar que o egoísmo muitas vezes se mascara como amor. A mãe que dá cobertura sempre ao filho mal criado até que ele se estrague totalmente. Ela não faz isto por amor, mas por interesse dela. O idoso que é tão protegido que não pode mais nada. Falam que é por amor, mas é por comodismo para ele não dar dores de cabeça.
Na comunidade tem disso também: Há uma ideia que ela expressaria o amor de Deus melhor ao aceitar qualquer atitude das pessoas sem questionar. Será? Será que é amor não chamar o oportunismo pelo nome? Ou não dizer que algo é uma desculpa barata? Deixar as pessoas no seu comodismo sem questionar? Seria até um desamor porque tira a chance de melhorar e mudar de postura! Vamos amar de verdade neste ano de 2015!
Saudações!
P. Guilherme Nordmann

Chamamos atenção pelas matérias em nosso espaço www.luteranos.com.br/santos:
 
 
 
 
 
 
 

Planejamento de Cultos e Atividades

Quarta-feira

07/01/2015

9:00 - 13:00 h: Plantão na Igreja

Quinta-feira

08/01/2015

9:00 - 13:00 h: Plantão na Igreja

11/01/2015
1º Domingo
após
Epifania

10:00 h: (P. em. H. Spring) - Culto com Santa Ceia

Terça-feira
13/01/2015

9:00 - 13:00 h: Plantão na Igreja

Quarta-feira
14/01/2015

9:00 - 13:00 h: Plantão na Igreja

Quinta-feira
15/01/2015

9:00 - 13:00 h: Plantão na Igreja

18/01/2015
2º Domingo
após
Epifania

19:00 h: Culto com Santa Ceia (P. Guilherme)

João 2, 1-11: Jesus, mestre da vida

Segunda-feira

19/01/2015
 

19:30 h: Reunião do Presbitério
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 












 

















 

Luz da Semana - Para nossa reflexão
 
Olhos de Menino
Numa época de trevas,
quando todos andavam cabisbaixos e desesperançados,
estranhos viajantes contemplavam o céu.
Seus olhos vasculhavam a escuridão infinita
enquanto seus queixos apontavam o horizonte.
Um pequeno ponto luminoso na vastidão
tornou-se razão suficiente para uma longa jornada.
Partiram do Oriente.
Olhos nas estrelas,
pés na estrada…
… rumo ao horizonte.
— Que haverá no horizonte?
Quando lá chegavam descobriam a resposta:
— Outro horizonte!
O povo continuava a viver em trevas,
enquanto os viajantes seguiam
guiados pelos pequenos pontos luminosos
naquele mar de escuridão.
Tanto andaram
que um dia chegaram.
Tinham diante de si a porta entreaberta de um casebre.
Com aqueles olhos acostumados a procurar luz na escuridão,
entraram na casa escura.
Lá estavam…
… duas contas brilhando no meio das trevas.
Aproximaram-se.
Era Ele! Deus!
Mas com olhos de menino… brilhando no meio da noite.
Deram-lhe presentes.
Deus brincou com eles.
Voltaram felizes porque brincaram com Deus.
Diz-se que, desde então, aqueles viajantes também se tornaram meninos;
e que quando voltaram para o seu povo, que ainda vivia nas trevas,
seus olhos também brilhavam,
cada vez mais intensos como estrelas ao anoitecer…
… porque tanto mais escura a noite, mais brilham as estrelas.
E o povo que andava em trevas foi iluminado,
e aos que viviam na região da sombra da morte
resplandeceu-lhes a luz (cf. Is 9.2).
Luiz Carlos Ramos

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